Estava à procura de informação que sustentasse o
conceito da Coloured Cuisine e encontrei um texto, da minha admirável Nutricionista Daniela
Seabra, na revista on-line de Cristina Sales – Esmerald'Azul. Gostei tanto que tenho que partilhar convosco!
Este artigo, usa um termo que se encaixa
perfeitamente no que vos tenho vindo a transmitir: “sensibilidade não celíaca
ao glúten” - são os indivíduos que não são celíacos, mas ao iniciarem uma dieta
sem glúten apresentam melhorias em diferentes sintomas, melhorando o seu bem-estar.
Leia os pequenos excertos (retirado de http://www.esmeraldazul.com/pt/blog/dieta-sem-gluten-uma-opcao-alimentar-para-alem-da-doenca-celiaca/):
“Dieta sem glúten: uma opção alimentar
para além da doença celíaca”
“Há cada vez mais pessoas a adoptarem
uma dieta sem glúten. Aquela que era apenas uma dieta obrigatória para todos os
que têm doença celíaca é neste momento uma opção alimentar para um número cada
vez maior de pessoas. Redução de diferentes queixas gastrointestinais, auxílio
na perda de peso, diminuição de processos inflamatórios diversos, melhoria de
patologias auto-imunes, melhoria cognitiva e de algumas alterações
neurológicas, ou mesmo melhoria de sintomas comportamentais em patologias como
o autismo ou a esquizofrenia são alguns dos benefícios apontados.”
… “o glúten não é essencial à vida, nem os alimentos que o contêm são fonte de nutrientes insubstituíveis, pelo que pode ser removido da dieta sem qualquer prejuízo para a saúde.”
“Um número crescente de indivíduos tem iniciado um dieta sem glúten e apresentado melhorias em diferentes sintomas, que vão desde enxaquecas, a síndrome de cólon irritável ou outras queixas gastrointestinais, dores articulares, perturbações neurológicas, a sintomas depressivos ou comportamentais como os observados no autismo ou mesmo esquizofrenia.
Apesar da grande maioria da classe
médica e de nutricionistas/dietistas ainda achar que se trata apenas de efeito
placebo, a verdade é que cada vez mais alguns destes profissionais têm vindo a
dar razão a estes pacientes, e diferentes artigos científicos têm suportado,
quer as queixas associadas com a ingestão de glúten, quer
as melhorias com a sua remoção.
O diagnóstico atual para esta situação
clínica é a sensibilidade não celíaca ao glúten. Nesta situação
clínica, o sistema imune continua a atacar as proteínas contidas no glúten,
desencadeando uma resposta inflamatória que pode ser localizada, originando
diferentes queixas gastrointestinais, ou pode ser mais generalizada,
influenciando diferentes órgãos, sistemas ou estruturas.”
“Esta reação imunitária pode ser, não à estrutura proteica da gliadina (um dos componentes proteicos do glúten), mas a fragmentos mais pequenos. Infelizmente são muito raros os laboratórios que testam a produção de anticorpos contra estes "fragmentos de glúten”, sendo por isso difícil conseguir uma confirmação laboratorial. O que se sabe é que, enquanto a ingestão de glúten se mantiver, os diferentes sintomas também se mantêm. A melhor forma de saber é mesmo a exclusão dos alimentos com glúten.”
“Em situações como o autismo ou mesmo em casos de compulsão alimentar por alimentos com glúten, a digestão incompleta do glúten poderá originar a formação de compostos opióides (gluteomorfinas) que são capazes de interferir com o funcionamento cerebral e induzir adição.”
Daniela Seabra
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