quinta-feira, 9 de outubro de 2014

DIETA SEM GLÚTEN - uma opção alimentar

 
Estava à procura de informação que sustentasse o conceito da Coloured Cuisine e encontrei um texto, da minha admirável Nutricionista Daniela Seabra, na revista on-line de Cristina Sales – Esmerald'Azul.  Gostei tanto que tenho que partilhar convosco!
Este artigo, usa um termo que se encaixa perfeitamente no que vos tenho vindo a transmitir: “sensibilidade não celíaca ao glúten” - são os indivíduos que não são celíacos, mas ao iniciarem uma dieta sem glúten apresentam melhorias em diferentes sintomas, melhorando o seu bem-estar.
“Dieta sem glúten: uma opção alimentar para além da doença celíaca”
“Há cada vez mais pessoas a adoptarem uma dieta sem glúten. Aquela que era apenas uma dieta obrigatória para todos os que têm doença celíaca é neste momento uma opção alimentar para um número cada vez maior de pessoas. Redução de diferentes queixas gastrointestinais, auxílio na perda de peso, diminuição de processos inflamatórios diversos, melhoria de patologias auto-imunes, melhoria cognitiva e de algumas alterações neurológicas, ou mesmo melhoria de sintomas comportamentais em patologias como o autismo ou a esquizofrenia são alguns dos benefícios apontados.”

… “
glúten não é essencial à vida, nem os alimentos que o contêm são fonte de nutrientes insubstituíveis, pelo que pode ser removido da dieta sem qualquer prejuízo para a saúde.” 
 
“Um número crescente de indivíduos tem iniciado um dieta sem glúten e apresentado melhorias em diferentes sintomas, que vão desde enxaquecas, a síndrome de cólon irritável ou outras queixas gastrointestinais, dores articulares, perturbações neurológicas, a sintomas depressivos ou comportamentais como os observados no autismo ou mesmo esquizofrenia.
Apesar da grande maioria da classe médica e de nutricionistas/dietistas ainda achar que se trata apenas de efeito placebo, a verdade é que cada vez mais alguns destes profissionais têm vindo a dar razão a estes pacientes, e diferentes artigos científicos têm suportado, quer as queixas associadas com a ingestão de glúten, quer as melhorias com a sua remoção.
O diagnóstico atual para esta situação clínica é a sensibilidade não celíaca ao glúten. Nesta situação clínica, o sistema imune continua a atacar as proteínas contidas no glúten, desencadeando uma resposta inflamatória que pode ser localizada, originando diferentes queixas gastrointestinais, ou pode ser mais generalizada, influenciando diferentes órgãos, sistemas ou estruturas.”

“Esta reação imunitária pode ser, não à estrutura proteica da gliadina (um dos componentes proteicos do glúten), mas a fragmentos mais pequenos. Infelizmente são muito raros os laboratórios que testam a produção de anticorpos contra estes "fragmentos de glúten”, sendo por isso difícil conseguir uma confirmação laboratorial. O que se sabe é que, enquanto a ingestão de glúten se mantiver, os diferentes sintomas também se mantêm. A melhor forma de saber é mesmo a exclusão dos alimentos com glúten.”

“Em situações como o autismo ou mesmo em casos de compulsão alimentar por alimentos com glúten, a digestão incompleta do glúten poderá originar a formação de compostos opióides (gluteomorfinas)  que são capazes de interferir com o funcionamento cerebral e induzir adição.”
Daniela Seabra
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